"É mais fácil cultuar os mortos que os vivos
Mais fácil viver de sombras que de sóis
É mais fácil mimeografar o passado que imprimir o futuro...
Não quero ser triste como o poeta que envelhece lendo Maiakóvski
na loja de conveniência
Não quero ser alegre como o cão que sai a passear com o seu dono alegre sob o sol de domingo...
Nem quero ser estanque como quem constrói estradas e não anda
Quero no escuro, como um cego, tatear estrelas distraídas...
Amoras silvestres no passeio público
Amores secretos debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem não posso parar...
Veja o mundo passar como passa uma escola de samba que atravessa
Pergunto: onde estão teus tamborins?
Sentado na porta de minha casa
A mesma e única casa
A casa onde eu sempre morei..."
Minha casa: doces lembranças misturadas num passado/presente, que fazem apertar meu coração... Misto de sentimentos: saudade dos tempos de criança, das idas na casa da minha avó com minha mãe, brincar na terra na casa da minha avó, subir em árvores; esconder um filhote de cachorro recém ganhado debaixo da cama para dar um tempo para o meu pai aceitá-lo (!!); tantas coisas, tantas coisas boas! Sou feliz em ter essas lembranças! Em ter meus pais comigo, em ter discussões com irmãos, risadas com irmãos, brincadeiras com sobrinhos, cachorros, idéias diferentes, planos em comum! Apesar de e por tudo, agradeço pela família que tenho!
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